Todos os membros da minha família tem obesidade, logo eu também terei. Esse pensamento não está totalmente correto. Histórico familiar gera obesidade? Sim, a hereditariedade é importante quando falamos sobre o assunto, no entanto, temos que levar em conta que o ambiente é fundamental – os fatores psicológicos, nutricionais e socioeconômicos em jogo e a prática de atividade física também.
Genes contra fatores ambientais
A genética tem uma influência muito grande tanto na gênese da obesidade quanto no processo de emagrecimento. Mas o ambiente é muito importante para quem tem essa predisposição genética.
Voltando à questão: Histórico familiar gera obesidade? Não o tempo todo. Novos estudos de associação ampla do genoma fornecem uma melhor compreensão da hereditariedade da obesidade. Em uma meta-análise foi descoberto que, pessoas portadoras do gene FTO têm um risco maior de obesidade, mas esse risco diminui em pessoas fisicamente ativas. Este é um exemplo de como um risco genético para obesidade pode ser atenuado pelo ambiente externo.
A prevenção da obesidade é um grande desafio neste ambiente atual de alimentos ultraprocessados e estilo de vida sedentário, no qual estamos inseridos. Temos que ampliar o nosso olhar sobre a obesidade e entender que para um tratamento eficaz não há milagres e nem fórmulas.
O processo de emagrecimento deve ser abordado individualmente, analisando sim a hereditariedade, porém ela não deve ser o único ponto observado e nem deve ser o ponto que faça você se resignar e deixar de buscar uma vida mais saudável.
